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  • Foto do escritorAndressa Monte

Papa Francisco sinaliza apoio público à união civil gay e lésbica e à necessidade de amparo jurídico



“As pessoas homossexuais têm direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deve ser impedido ou tornado infeliz por isso. O que precisamos criar é uma lei sobre as uniões civis. Dessa forma, elas seriam amparados legalmente. Eu lutei por isso.”

Foram essas as palavras ditas pelo Papa Francisco diante de um questionamento feito em carta por um casal italiano de homens gays sobre o constrangimento que sentiam em levar seus três filhos pequenos à uma paróquia local. Em resposta, Francisco aconselhou que o casal continuasse levando as crianças para a igreja, independentemente do julgamento das pessoas.

Apesar de não oficializada em documentos - a declaração aconteceu durante gravações do documentário “Francesco”, dirigido por Evgeny Afineevsky e exibido no Festival de Roma, na quarta-feira (21/10) -, essa foi a mais explícita manifestação de apoio à união homoafetiva feita pelo líder maior da Igreja Católica e do Estado do Vaticano.

A posição gerou grande repercussão entre a comunidade LGBTQIA+, especialmente os fiéis ao catolicismo; uma religião que historicamente enxergou a união homoafetiva como um sacrilégio, pecaminosa e antinatural. Famosos, como Elton John, transmitiram grande acolhimento e gratidão ao posicionamento do pontífice, considerado um líder humanitário e defensor das minorias, desde sua atuação como cardeal Jorge Mário Bergoglio.

A notícia pode ser vista como um progresso para casais e famílias LGBTs que residem em países de governos extremamente influenciados pelos dogmas católicos, um verdadeiro posicionamento anti-homofóbico do Papa Francisco. Entretanto, ainda é incerto acreditar na aceitação universal do matrimônio homoafetivo em um aspecto religioso, mas as palavras de Francisco trazem uma fagulha de esperança na luta pelo reconhecimento e igual promoção de dignidade da comunidade LGBTQIA+ na Igreja Católica e na sociedade.


Certamente, falas que sinalizam para fissuras nas estruturas ideológicas do cristianismo e para possíveis ventos de acolhida, diante de séculos de posturas institucionais francamente hostis e LGBTfóbicas.


Equipe de comunicação

Editor: Marcelo Natividade

Repórter: Mateus Brisa

Assistente de pesquisa: Bruno Alves

Assistentes-bolsistas: Andressa Monte e Livia Levinsk

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